quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Novo presidente da Câmara de Vereadores de Itaberaba

Saudado com um foguetório que ribombou parecendo um 1º de janeiro antecipado, o vereador Ricardo Pimentel (sem partido) passará a ser mais um dos “imortalizados” no painel dos presidentes que já ocuparam a cadeira mais importante do legislativo de Itaberaba. Eleito por nove dos dez vereadores, e pasmem, com a ajuda de TODOS legisladores da base do prefeito.
Num dia temos uma câmara em que o prefeito João Filho (DEM) tem em sua base a maioria de vereadores, inclusive o presidente Gerson Almeida (PSDB) - assim como na dobradinha nacional PSDB-DEM - e ver no outro dia sendo eleito com nove dos dez votos o “opositor” Ricardo Pimentel.
Quem poderia imaginar uma coisa dessas acontecendo assim? Foi a maior derrota que um prefeito sofreu na câmara de Itaberaba, que tem um longo histórico governista. E só me faz lembrar do Severino Cavalcanti e daquela sua celebre frase “eu gosto é de governo”. Será que a base virou oposição?
Apenas a fiel jadielista, a vereadora Milza, não conferiu ao vereador Ricardo a importante missão de tocar os trabalhos na presidência da câmara. Ninguém pode negar que a vereadora demonstrou coerência, não participando da votação com aquilo que defende.
Pensei no início que a saída da vereadora Milza da base não causaria mudanças significativas, que sua falta seria resolvida com a coptação de um dos opositores e os 2/3 (dois terços) da câmara seria novamente conseguido, dando uma folga na aprovação de projetos do executivo e principalmente atingindo o percentual necessário para aprovação das contas públicas. Que agora com a Lei do “Ficha Limpa” anda tirando o sono de prefeitos  que não tem suas contas aprovadas.
Sinceramente, não acredito que o vereador Ricardo ganhou tão somente um “presente da mamãe noel”, sem dúvida, como seguidor do Toinho Malvadeza - que ele sempre faz questão de lembrar - ele sabe umas boas jogadas no pôquer político. E o que estamos a presenciar pode ser fruto dessas velhas jogadas.
Afinal, o que explicaria o fato da base do prefeito, formada por seis vereadores, que com maioria simples dos votos poderia eleger quem quisessem de sua base, votasse na “oposição” ao prefeito?
O tabuleiro de xadrez da política em Itaberaba é um misto de peças e cartas, onde essas últimas costumam ficar nas mangas, bem escondidas. Como eu só jogo xadrez, e não sei jogar pôquer, agora é esperar quem vai jogar a próxima carta, os que vão passar e os que vão pagar. Os vencedores já sabemos quem são. Na câmara muito pouco vai mudar, afinal teremos um presidente DEM de coração.

Thiago militante do PT e educador


quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Prefeitura de Itaberaba promove demissões em massa

O prefeito João só esperou passar as eleições para intensificar uma política que já é clara no seu governo: as demissões em massa de trabalhadores. Dessa vez, numa canetada só, demitiu quatrocentos trabalhadores prefeitura de Itaberaba e mais uma vez, famílias passarão por privação financeira no fim do ano por conta da atual administração.

O vereador Paraná até tentou minimizar o fato. disse que foi menos de 400 o número de demitidos. O secretário de administração também surgiu como bombeiro e em entrevista a uma rádio local disse que foi apenas um ajuste administrativo já que o município estava descumprindo a lei de responsabilidade fiscal. Mas daí fica a pergunta: Porque a prefeitura só se deu conta disso agora, depois das eleições, já que era fato público e notório?

Enquanto não temos um critério e controle social para a ocupação de cargos e serviços públicos, o concurso público é forma mais "coerente" para o preenchimento dessas vagas, mesmo com suas limitações. No entanto, a política de contratações adotada nas ultimas administrações no município é uma forma de deixar o trabalhador cada vez mais amordaçado e sob o chicote do "patrão". No caso de Itaberaba, o prefeito-empresário João Filho, com sua visão "administrativa" tantas vezes enaltecida pelos vereadores da base aliados e demais defensores, sabe tirar proveito dessa situação.

João Filho, que administra o município como quem administra uma empresa particular, destina recursos astronômicos do orçamento municipal para contratações, contrata para em seguida demitir, contrata novas pessoas e em seguida demite novamente.

Patrão sempre age como patrão independente do lugar que ele ocupa. Portanto sociedade não se manifestar, continuará a utilização dessa prática abusiva e o uso da maquina pública para fazer a política da “conveniência” com fins eleitoreiros.

Por Marcos Ferreira

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Compromisso de José Serra: reprimir os movimentos sociais.

No programa eleitoral do domingo 17/10 José Serra aparece na TV dizendo sobre seus projetos em relação à politica agrária, lançou um compromisso de campanha em tom ameaça e vociferou: "vamos promover a paz no campo sem invasões do MST”. Apesar da demora  para revelar na  campanha, agora os DEMotucanos mostraram sua verdadeira face de ataques à organização da classe trabalhadora.

O governo FHC foi marcado pelo grande número de conflitos no campo. Segundo o CPT (comissão pastoral da terra) A média nos anos do governo FHC foi de 800 conflitos por ano. No período DEMotucano aconteceu também um dos maiores massacres a membros dos movimentos sociais da nossa história recente, onde 19 trabalhadores sem-terra foram barbaramente assassinados em Eldorado dos Carajas, no estado do Pará em abril de 2006. Não se contentando com isso, o governo Fernando Henrique resolveu utilizar-se do "Braço forte" Estado e colocou a policia federal para açoitar o MST que tinha ocupado um latifúndio pertencente ao filho do presente. O Ministro da Justiça chegou dispor da possibilidade de usar o exercito contra ocupantes, para reprimir o que Fernando Henrique intitulou de "atentado à liberdade e à democracia".  esses são alguns dos exemplos da violência sofrida pelos trabalhadores do movimento

A candidatura de Serra representa o conservadorismo no seu caráter mais reacionário: econômico, industrial, politico,etc. e segue passos largos com o apoio da senadora Katia Abreu – DEM- TO, o deputado Aberlardo Lupion e demais componentes e representantes da bancada ruralista, aliando repressão com ataques sincronizados promovidos pela grande mídia brasileira e internacional.

Paz no campo campo não se promove repressão, assassinatos, cacetes, bombas de gás, silenciamento dos oprimidos, etc. A paz no campo só se promove com justiça social, reforma agrária radical e politicas concretas para o homem do campo. Atentados e criminalização contra movimentos sociais em geral é uma bandeira representada na candidatura de Serra, mas só a organização da classe trabalhadora pode promover uma verdadeira luta pela paz e contra a exploração.



"paz sem voz não é paz, é medo!" Marcelo Yuka

Por: Marcos Ferreira



segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Dois Brasis

O Brasil é um só, mas disputado por dois projetos antagônicos.

Um é o da paralisia econômica, do gigantesco endividamento interno, das dívidas e da submissão ao FMI. O Brasil que foi quebrado três vezes durante o governo FHC-Serra – em 1995, 1997 e 1998 – e quase levaram o país à falência, deixando uma recessão prolongada que só foi superada no governo Lula. O Brasil da carga tributária que subiu de 27 a 35%, dos apagões e do sucateamento da infraestrutura. Aquele Brasil da privataria, que torrou nossas empresas públicas por 100 bilhões de dólares e ainda assim dobrou o endividamento público. O Brasil que mudou o nome da Petrobras para Petrobax, como caminho para privatizá-la e que tem os olhos postos no Pré-Sal, para oferecê-lo às grandes empresas privadas internacionais. É o Brazil do FHC e do Serra, da velha mídia, vinculada aos grandes interesses privados, que tinham se acostumado a dispor do Estado brasileiro a seu bel prazer.

Um Brasil que incrementou a desigualdade, desmontou o Estado, perseguiu os servidores públicos, se submeteu subservientemente aos EUA na política externa. Fez com que a maioria dos trabalhadores brasileiros ficassem submetido à total precariedade, sem carteira nem contrato de trabalho. Um Brasil do colapso das universidades públicas e da proibição da criação de escolas técnicas.

O outro Brasil é o que começou a despontar a partir das ruínas herdadas do governo FHC-Serra. Um Brasil que montou um modelo econômico de desenvolvimento com distribuição de renda. Um Brasil que remontou o Estado e sua capacidade de induzir a expansão econômica e garantir os direitos sociais. Um Brasil que tornou funcionais e virtuosos o crescimento e a distribuição de renda.

Um Brasil do bem, que elevou a auto-estima dos brasileiros, quando os governantes anteriores – Collor, FHC – só jogavam o país e os brasileiros para baixo. Tirou milhões de brasileiros da miséria, propiciando o acesso a bens básicos a grande parte dos brasileiros, excluídos pelas políticas de mercado.

Serra é da Corrente do Mal, que só destrói, que criou três crises durante o governo FHC, que quase destruiu o Brasil e agora quer quer brecar o caminho pelo qual o Brasil avança.

Lula e Dilma são os responsáveis principais por essa estratégia. A derrota da direita e a eleição da Dilma gera as melhores condições para que avancemos no caminho da construção de um Brasil justo, solidário e soberano.

por Emir Sader

http://www.cartamaior.com.br/templates/postMostrar.cfm?blog_id=1&post_id=562

quinta-feira, 22 de julho de 2010

São João em Itaberaba em clima de campanha antecipada.


Os festejos juninos na cidade esse ano foi marcado pelo clima eleitoral, visando angariar votos para os candidatos a deputado apoiados pelo atual prefeito. Eu estava preparando um texto que tratava exclusivamente sobre a festa de São João e como o tradicional espaço do pé-de-serra foi restringido a um espaço perto do bueiro onde passa ás águas no fundo da praça do coqueiro, mas já ta meio fora de época. Portanto, vamos à temática eleitoral e abordar como a festa foi utilizada como um verdadeiro showmicio.

A lei eleitoral é bastante clara. Ela estabelece que “É proibida a realização de showmício e de evento assemelhado para promoção de candidatos, bem como a apresentação, remunerada ou não, de artistas com a finalidade de animar comício e reunião eleitoral.” Mas como para muitos candidatos existe além da disputa eleitoral, a disputa para ver quem melhor consegue burlar a legislação eleitoral, os candidatos do prefeito de Itaberaba saíram na frente.

Todos os dias do evento, a bandas faziam propaganda do prefeito a todo o momento, agradecimentos, elogiavam a festa, etc.(será que isso fazia parte do contrato?) e para completa o quadro de abusos, todos os dias o prefeito subia no palco-palanque para fazer discurso e o locutor da festa, nos intervalos do show ficava fazendo propaganda explicita para o prefeito e seus candidatos. Claro que o candidato a deputado federal que o prefeito apóia compareceu e demarcou território.

A atenção agora por parte da população deve ser redobrada para evitar que mais abusos sejam cometidos, pois o tom da campanha já foi dado. Se eles não conseguem respeitar nem as leis, tampouco representará uma população que clama por justiça e ética em todos os espaços e principalmente de política.

domingo, 27 de junho de 2010

Banda é presa por usar nome de outro grupo

Vinte integrantes de uma banda de forró foram presas em flagrante na cidade de Ipirá, na noite desta sexta (25), por estarem usando ilegalmente o nome de Canários do Reino, registrado por outro grupo, autor da denúncia.

A banda com nome falso já havia tocado em Vitória da Conquista e Itaberaba. O ônibus que transportava a banda foi apreendido, mas o motorista liberado. Um inquérito está sendo aberto pela delegacia de Ipirá, para apurar detalhes dos contratos com as prefeituras.

Todos os vinte presos vão responder por estelionato, falsidade ideológica e formação de quadrilha. O empresário, conhecido por Chiquinho, está foragido.

http://ibahia.globo.com/plantao/noticia/default.asp?id_noticia=229962&id_secao=31

quinta-feira, 3 de junho de 2010

O LEÃO E A POLÍTICA DO CURRAL

Está chegando o período eleitoral, e como já era de se esperar, começou a aparecer vários pré-candidatos com a arrogância peculiar, buscando votos na política do toma lá dá cá. Nos últimos dias, tivemos a presença do deputado João Leão no município de Itaberaba. Além de anunciar o “asfaltamento” do centro da cidade, foi claro o clima de campanha eleitoral antecipada, o apoio do atual prefeito e a forma rompante como ele trata nosso município.

O alarde no município foi enorme e o prefeito João Filho se desdobrou fazendo propaganda para o pré-candidato. Após o evento, o prefeito e o Leão foram até a rádio comunitária e lá deram uma entrevista extremante morna. Ocuparam um tempo enorme, impedindo a participação dos ouvintes. Mas o que mais chamou a atenção foi o desempenho de João Leão. Como um verdadeiro leão, se mostrou muito bom na esquiva. Driblou as perguntas dos ouvintes sobre os estudos dos impactos do asfalto no centro da cidade, se eximindo da responsabilidade e demonstrado total falta de planejamento excursão da obra.

A obra é tipicamente eleitoreira e é possível perceber isso da forma como foi feita. Em poucos dias, era possível ver o betume espalhado nas ruas do centro. Essa obra aconteceu justamente no momento em que as ruas da periferia foram arrasadas pelas chuvas, que destruiu vários calçamentos, invadiu casas e tudo isso sem falar nas ruas que nem calçamento tem. Mesmo sem ouvir a população, a obra foi realizada e durante sua fala na rádio, João Leão insistiu num jargão capaz de causar ciúmes à qualquer viúva do carlismo: “é só pedir a João, que João o leão faz”

Não é surpresa essa postura para quem conhece a história de João Leão. Acostumado até a promover blocos de micareta para se eleger (Bloco do Leão), se “homenageado” com seu nome em logradouros públicos, etc., sempre foi um carlista convicto. Com a queda do carlismo, achou abrigo no governo Wagner, mesmo assim não perdeu sua origem e admiração pelos coronelistas e por seu modelo de fazer política. Prova disso, foi a forma como ele agiu aqui em Itaberaba, com se fosse o dono das obras que está acontecendo na cidade.

Realizar obras sem seus devidos estudos dos impactos causados ao meio ambiente é uma jogada que João Leão faz com freqüência. O grande exemplo disso ta sendo à ponte que liga Salvador a Itaparica. Essa obra vai ficar a cargo da mega construtora Odebrech e ta sendo bastante criticada por não realizar os devidos estudo para a implementação dessa obra.

Geralmente grandes partes dos políticos não pensam em promover transformação, até porque representam o que existe de mais conservador e reacionário. Mas sempre é o momento para a população na aceitar a política do “curral” e buscar a emancipação, já que os currais que nos são impostos representam um cerceamento da liberdade de pensar, agir e transformar.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

DIA DO TRABALHADOR E A POLÍTICA DO PÃO E CIRCO

O dia do trabalhador é um marco importante na vida do trabalhador e da trabalhadora de todo mundo e sobre esse tema, foi postado nesse blog um texto escrito por Emir Sader em homenagem a passagem do 1º de maio.

Esse ano, infelizmente, aconteceu poucos eventos promovidos pela militância em homenagem ao trabalhador e precisamos para o próximo ano, articularmos algo para que essa data não passe em branco. Entretanto, o prefeito de Itaberaba tentou sair a frente na comemoração, que não se sabe se por ironia, resolveu promover um famigerado evento, que teve seu encerramento com um sorteio de uma moto.

Uma coisa é fato: João Filho nunca esteve ao lado do trabalhador. Dentre as varias medidas adotadas por ele recentemente estão à perseguição aos comerciantes e camelôs, o Decreto 218 que corta direitos dos trabalhadores como insalubridade e adicional noturno, o reajuste irrisório em torno de 4% para os servidores municipais, etc.

No entanto, na tentativa de esconder todas essas ações, desfilou em carro aberto pela cidade na companhia da primeira dama Maíra (que é também secretária de Ação Social) anunciando o sorteio de uma moto. Veio também acompanhado por um carro de som e um “buzinaço” promovido pelos mototaxistas (trabalhadores importantes na nossa cidade) que esperavam serem contemplados com o sorteio.

No final, não sei quem ganhou, mas quem saiu perdendo mesmo foi à cidade, que perdeu uma boa oportunidade de se mobilizar e discutir sobre as atuais condições dos trabalhadores da nossa cidade e no mundo. Além disso, propor também novos rumos para a classe e buscar cada vez mais mecanismos de luta, reconhecendo os avanços, os revezes, não perdendo de vista que uma sociedade mais justa é possível.

O prefeito com esse sorteio parece que tirou a sorte grande: conseguiu frear em parte a organização da classe, vai tocando sua política eleitoreira, e tudo isso com a carta branca da Câmara de vereadores, já que ele controla mais de 2/3 da Casa Legislativa. Enquanto a gente vai aos hospitais públicos tentando a sorte de sermos atendimentos, vamos a escola tentando achar vagas, torcendo para que nossas casas não sejam invadidas pelas águas da chuva, é o prefeito que tem o “bilhete premiado” e toca da maneira que bem quer, os rumos da política e a vida dos trabalhadores desmobilizados em Itaberaba.

Por Marcos Ferreira

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Dia do Trabalhador: trabalhar menos, para trabalhar todos

O capitalismo é o sistema econômico que mais transformou a face da humanidade até aqui – como o próprio Marx havia reconhecido no Manifesto Comunista. Porém, a estrutura central do capitalismo se articula pela separação entre os produtores da riqueza e os que se apropriam dela, entre os trabalhadores e os capitalistas.

Esse processo de alienação do trabalho – em que o trabalhador entrega a outro o produto do seu trabalho – percorre todo o processo produtivo e a vida social. O trabalhador não se reconhece no que produz, não decide o que vai produzir, com que ritmo vai produzir, qual o preço de venda do que ele produz, para quem ele vai produzir. Ele é vítima do trabalho alienado, que cruza toda a sociedade capitalista. Ele não se reconhece no produto do seu trabalho, assim como o capitalismo não reconhece o papel essencial do trabalhador na sociedade contemporânea.

A luta dos trabalhadores, ao longo dos últimos séculos foi a luta de resistência à exploração do trabalho. Esta se dá pela apropriação do valor do trabalho incorporado às mercadorias, que não é pago ao trabalhador e alimenta o processo de acumulação de capital.

Não por acaso o Primeiro de Maio, dia do Trabalhador, foi escolhido para recordar o massacre de trabalhadores em mobilização realizada em Chicago, pela redução da jornada de trabalho - uma das formas de busca de diminuição da taxa de exploração do trabalho.

Neste ano o tema central do Primeiro de Maio será o da diminuição da jornada de trabalho. A grande maioria da população vive do seu trabalho, acorda bem cedo, gasta muito tempo para chegar a seu local de trabalho, onde ficará a maior parte do seu dia, gastando muito tempo para retornar, cansada, apenas para recompor suas energias e retomar no dia seguinte o mesmo tipo de jornada. Para trabalhar de forma alienada e receber um salário que, em grande parte dos casos, não basta sequer para satisfazer suas necessidades básicas. Uma vida tão sacrificada produz todas as riquezas do país, embora não tenha o reconhecimento e a remuneração devida.

Só isso bastaria para que um dos objetivos nacionais devesse ser o da redução da jornada de trabalho. Que o desenvolvimento tecnológico não seja apropriado pelos grandes capitalistas para maximizar a taxa de lucro, mas reverta para a diminuição da jornada de trabalho, para o pleno emprego, para a melhoria das condições de trabalho da massa trabalhadora.

Que o Brasil conclua os dois mandatos de um trabalhador como presidente da República, diminuindo a jornada de trabalho!

por Emir Sader
http://www.cartamaior.com.br/templates/postMostrar.cfm?blog_id=1&post_id=459

terça-feira, 13 de abril de 2010

O Bê-a-bá da Camara de Vereadores

Os vereadores de Itaberaba, na sua maioria, não têm tido um papel muito representativo para a sociedade e têm demonstrado ao longo do tempo ser apenas uma extensão do Poder Executivo. Até aí não existe muita novidade, mas os vereadores João do Filé e Maria Milza nas últimas sessões colocaram mais “pimenta” na discussão sobre a representatividade e a formação dos vereadores para atuarem na câmara legislativa.

Nas ultimas sessões, foi levantado por esses dois vereadores que o vereador Dito (PT) “se acha mais inteligente que os outros vereadores da Casa.” Depois disso eles mesmo que fizeram insinuação, disseram que se “todos são vereadores, que são iguais e merece respeito”. Não se contentando com isso, Maria Milza foi além dizendo que se eles não têm uma boa escolaridade é porque os pais deles não tiveram condições de os colocarem em boas escolas.

Reconhecidamente a educação pública é um caos e para a população mais pobre, o que resta é aprender mesmo à revelia das intuições educativas. Porém, não é essa a formação que de fato deve orientar as práticas dos vereadores. Ao darem tamanha ênfase no discurso a escolarização (mesmo que só ficando no discurso, já que não percebe as atrocidades cometidas na educação do município) esquecem de algo que é primordial: a formação social e política.

O envolvimento social e a participação na luta direta da população é uma das experiências mais ricas para alguém que se preocupa com os problemas sociais. Diversos são os exemplos de pessoas construíram sua identidade dentro dessa práxis, a exemplo do presidente Lula que mesmo tempo pouco acesso a educação formal, se formou dentro da luta contra a ditadura militar, pelas Diretas Já e pela causa da classe trabalhadora.

Para os vereadores que não tiveram tal formação, fica impossível defender um mandato popular por não conhecer de perto os problemas da população. Esses continuarão acreditando que fazer um trabalho relevante para o povo é marcar exames ou levar pacientes para Salvador. É achar que fazer pedidos de providência para tapar os buracos das ruas é o suficiente. É dizer que a oposição é salutar no processo democrático, no entanto ser governista em qualquer situação.

Esses mesmos que sempre dizem que foram eleitos pelo povo, sem esse envolvimento social, jamais permitirão que a população participe mais efetivamente da vida pública. Sempre se silenciarão com a falta de autonomia dos conselhos municipais, das injustiças contra os trabalhadores, jamais ouvirão os gritos daqueles que gritam nas filas dos hospitais, nunca se engajarão na luta por melhorias sociais, por respeito e dignidade da vida humana. Isso não se aprende na escola, tampouco apenas se tornando vereador.

É importante o conhecimento acadêmico, mas de nada vale se esse conhecimento não for colocado a serviços do povo e em muitas situações acontece justamente o contrário: esse conhecimento é utilizado para burocratizar e impedir a participação popular. É fundamental saber que se a educação publica anda precária, é justamente por não está associada à luta pelas transformações e os vereadores negligenciam essa relação. Enquanto tivermos vereadores que se limitam a ler a cartilha do executivo e repetir sempre o mesmo bê-a-bá, estaremos lendo uma realidade cruel que vai se descortinando diante dos nossos olhos.



terça-feira, 6 de abril de 2010

A Ruptura e a Continuidade

Essa semana aconteceu o desfecho da desavença entre o secretário de governo Jadiel Mascarenhas e o prefeito João filho. Com uma carta de renúncia encaminhada inclusive à Câmara de Vereadores e lida na íntegra, Jadiel expõe os diversos motivos que levaram a deixar o governo e tornou público o que os rumores pela cidade já tinha ganhado força.

Na cidade, há quem diga que esse rompimento não passa de uma jogada de marketing do “governo que trabalha” e que adora ser notícia, ainda que seja nas páginas policiais. Já para alguns, incluindo o vereador Ricardo Pimentel, o prefeito João Filho se tornou prefeito de fato, já seguia apenas as ordens do ex-prefeito (será que ele já passou por essa experiência?). Porém, é necessário que comentar sobre essa parceria e o estrago que causou para todo o município de Itaberaba.

Nas ultimas eleições municipais, Jadiel que teve seu mandato de prefeito cassado no ano de 2004, montou uma chapa para concorrer novamente à prefeitura, sendo ele o candidato e tendo seu irmão João Filho como vice. Sustentou até o ultimo momento que era candidato, como o famoso jargão: “Sou candidato sim” mesmo a justiça não reconhecendo a autenticidade da chapa. Três dias antes da eleição aconteceu a grande manobra: Jadiel retirou a candidatura e uma nova chapa foi formada. Dessa vez João filho era o candidato a Prefeito e Alexandre (filho de Jadiel) era o candidato a vice.

Depois de idas e vindas, depois de uma batalha judicial, João Filho assume a prefeitura em maio de 2009, mas o que vimos foi Jadiel discursando para os vereadores e a população no dia da posse. Nessa oportunidade, ele falou para esquecer as perseguições e “quem processou quem” e que agora iria trabalhar pela população de Itaberaba.

No entanto, o que vimos foi uma política de perseguições, ameaças e truculência. Diversos servidores começaram a sofrer diversas humilhações, ambulantes foram violentamente expulsos e impedidos de comercializarem seus produtos, os patrimônios históricos da cidade foram agredidos, etc. tudo isso liderado por Jadiel e com a conivência de João Filho. A conivência era tamanha, que em vários momentos o ex-prefeito e atual secretário de governo, se pronunciava no lugar de prefeito.

Depois de nove meses dessa gestão veio à tempestade. A repercussão da carta do Jadiel Mascarenhas anunciando a renuncia ao cargo e lavando a roupa suja. Tinha vários pontos importantes na carta, onde claramente ele dizia que se colocou junto a seu irmão para “ajuda-lo” a administrar e que João Filho desperdiçou essa oportunidade, traindo a ele e seus eleitores. No final, ele terminar com um enfático “o sonho acabou”.

Não se sabe qual é o sonho na qual ele se referia, se for um pretensão pessoal, possa até ter tido algum prejuízo, porém, João Filho continua seguindo fielmente a cartilha escrita por Jadiel. Se em algum momento houve briga e discussão dentro do governo, não passou de uma disputa interna de poder, mas que não reflete na forma de governar.

O governo João Filho, mesmo sem seu grande líder, Conseguiu rapidamente se adptar ao estilo do irmão de governar, se tornando um governo da continuidade. O decreto 218 continua em vigência, os ambulantes continuam sendo perseguidos, a educação continua sendo desmantelada com escolas sendo fechadas, etc.

Mesmo após essa desavença tudo continua como antes. O prefeito João Filho segue mostrando fidelidade ao estilo de governar de Jadiel. Rompimento mesmo só no âmbito pessoal. É impossível superar esse modelo de exploração sem contar com a participação da sociedade e dos trabalhadores de um modo em geral. Enquanto a política do “chicote” prevalecer e os interesses pessoais serem privilengiados diante dos interesses coletivos, continuaremos exaltados pequenos feitos, sem que de fato sejam rompidas as velhas estruturas de poder e sempre mergulhados nesse enorme poço de contradições, que essa de política construída sob os moldes do capital e do lucro exerce.

terça-feira, 30 de março de 2010

As Chuvas e os Desastres em Itaberaba

Por toda a cidade se observa os estragos feitos pela chuva. As calçadas das ruas, canteiros e infelizmente as moradias de dezenas de famílias e até mesmo hospitais e escolas.

Talvez queiram colocar a culpa em São Pedro, que não acertou a mão e mandou muita água de vez. Mas sempre é assim. Nosso regime de chuvas é irregular. Chove-se no sertão, mas nunca é distribuída regularmente. Ou falta chuva, ou vem muita de uma vez.

São questões natureza mas, mesmo assim, agente sempre se surpreende..

No entanto, existe um limite entre o que é natural e o que não é. Tem gente que acredita que os quase 300 mil mortos na 1º Republica negra da América depois do terremoto é natural, apenas devido ao terremoto. O terremoto que logo depois abalou o Chile, teve magnitudes maiores mas o número de mortos (cerca de 300) não se compara o número de vítimas do Haiti. E também não se compara com os que diariamente abalam o “circulo de fogo” e fazem o Japão tremer.

Mas o que isso tem haver com as calamidades causadas pelas chuvas em Itaberaba ?

Aqui, como no Haiti, não tem nada de natural nos desastres causados e ainda não solucionados.
Se trata de uma inoperância do executivo municipal e da conivência passiva da maioria dos vereadores que só sabem fazer pedido providência no plenário da Câmara e ainda se dizem representantes do prefeito. Então por que não solucionam logo de uma vez ou invés de ficar repedindo essa ladainha em todas as sessões ?
O caso da destruição da pavimentação comprova a má qualidade dos “projetos’ de urbanização e calçamento da cidade, que estão desmanchando com as chuvas A secretaria de obras parece estar de recesso, pois nada faz frente a isso. Mas para reformar a fonte luminosa, (“lugar sagrado e fonte de vida” segundo os jadielistas) a secretária se faz presente. Não esqueçamos que é a segunda reforma da fonte.

 
O caso da escola João Almeida e do HGI, recém “reformados” pela atual gestão, que vem sendo alardeada pelos quatro cantos da cidade como as grandes realizações da gestão do Jadiel, comprovam o que quero demonstrar aqui. Como é possível que depois das reformas, de tanta propaganda nos altdoors da cidade, a escola e o hospital serem alagados com as chuvas?
Crianças sem aulas e doentes que já penam com a precária saúde em Itaberaba a beira de um desastre ? Que reforma foi essa ?

Não há nada de natural nisso. Não adianta botar a culpa em São Pedro “fiéis do líder”. Se trata de indícios graves da má qualidade das “reformas” feitas e que podem futuramente provar crimes de improbidade administrativa.

 
Outra questão de estarrecer é o que está acontecendo na comunidade da escurinha. Nas proximidades das casas havia uma lagoa. Natural, que as águas das chuvas por gravidade se desloquem para lagoas, córregos, rios, etc.

 
Mas onde havia a lagoa há pouco mais de um ano, hoje é um dos prédios da família do prefeito. Sem querer entrar no debate se a construção foi irregular ou não. É de se questionar que o terreno da lagoa, só foi cercado quando se soube do resultado da eleição em que o João Filho (DEM) foi vitorioso. E logo depois disso se iniciou a construção do grande muro cercando o local.
As casas nas proximidades, devido a essa construção que bloqueou a passagem da água estão sendo alagadas pelas chuvas. Famílias necessitadas estão perdendo colchões e outros bens devido a invasão das águas que antes iam para a lagoa.

Nessa ultima chuva, tiveram que quebrar o muro do prédio da família do prefeito para fazer a água escoar e não ter novamente suas casas inundadas.

Enquanto isso moradores que sofreram com as chuvas vem denunciando na rádio comunitária a ausência da Secretaria de Assistência Social , que esta deixando as famílias a mingua.

Se o jeito é rezar para para as chuvas, me perdoem, mas prefiro lutar contra os corruptos de Itaberaba.



Thiago, vice-presidente do PT-Itaberaba.



quarta-feira, 3 de março de 2010

O Bonde das Cores

Não sei a origem nem quem foi o primeiro, mas a cada nova administração no município, Itaberaba recebe um novo banho de tinta. Essa prática tem sido “bem comum” e mostrar o caráter de posse que os administradores exercem sobre os espaços públicos. Para exemplificar melhor isso, vamos partir para as ultimas “gestões” em Itaberaba.
Começando pela administração desastrosa de Washington Neves. Durante esse período, nada cidade funcionou. Era um caos generalizado em todas as áreas: na saúde, na educação, no meio ambiente, etc. Entretanto, deu um banho de tinta na cidade, pintando toda ela de azul e amarelo, demonstrando o modo tucano de desgovernar. Nada escapou dessa agressão. Escolas, Postos de Saúde, instituições públicas, inclusive os programas e projetos mantidos em parceria com os governos estadual e federal.
A administração atual intensificou ainda mais essa política. O atual prefeito e seu irmão aperfeiçoaram essa técnica. Nada de se estranhar, já que eles sempre defenderam o “carlismo” (hoje apóia Jaques Wagner) e entendem muito bem em como deixar a cidade “maquiada”. Agora está tudo pintado de verde e laranja. Até o ginásio de esporte que foi “reformado” todo ele por empresários da cidade, tem as cores da atual gestão. Mas bastou uma chuva para que a maquiagem fosse desfeita e diversos baldes fossem colocados para “aparar” a água da chuva. O elefante branco teve sua imagem machada perante diversos estudantes que estiveram ali presentes.
Dar um banho de tinta para mascarar a realidade dura da cidade já se tornou praxi e assim a cidade vai tomando seu rumo, empurrando a sujeira pra debaixo do tapete e aumentando o tamanho do bueiro, do buraco ou da depressão da escoar a lama deixada pelos desmandos. Diante disso, já passou da hora de pintarmos nossos rosto e protestar nas ruas ou pintar o corpo inteiro e ir à luta, fazendo referência e jus a luta e a resistência dos guerreiros indígenas e negros.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Juiz apreende bens de ex-prefeito Jadiel

O juiz federal substituto no exercício da Titularidade da Vara Única Judiciária de Feira de Santana, Fábio Marmund, em conformidade com a sua colega, a juíza Lilia Botelho Neiva de Brito, determinou a apreensão de todos os bens do ex- prefeito de Itaberaba, Jadiel Almeida Mascarenhas, atual secretário de governo do seu irmão e atual prefeito João Filho. A determinação da Justiça Federal está publicada desde o dia 15 de dezembro de 2009 . Segundo a denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal , no dia 10 de dezembro do ano passado os fiscais da Controladoria Geral da União (CGU) descobriram 11 ações fraudulentas, todas elas com recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério, além de desvio de verbas do SUS e do Programa de Atenção Básica da saúde (PAB), totalizando um desvio de R$16.971.690,75 milhões. Além do ex-prefeito, foram condenados a ter os bens apreendidos pela justiça, o ex-secretário de saúde do município, José Humberto Aguiar Júnior, e as ex- presidentes da comissão de licitação, Roseni Ferreira da Silva e Rosy Mayre Silva. A investigação foi realizada pelo órgão no período de 2001 a metade de 2004, quando Jadiel Mascarenhas foi prefeito de Itaberaba. De acordo com a sentença da juíza federal, eles enriqueceram ilicitamente, sendo acusados de improbidade administrativa, dentre outros crimes contra o patrimônio público.

Fonte: http://www.tribunadabahia.com.br/news.php?idAtual=37030

sábado, 2 de janeiro de 2010

A grande Mídia continua sendo desmascarada

No dia 31/12/09 o jornalista Boris Casoy deixou sua mascara cair diante de milhões de telespectadores. A “garfe” aconteceu durante a apresentação do Jornal da Band, após a exibição de uma vinheta gravada com garis desejando Felix ano novo. Casoy pensou que seu áudio estava cortado e vomitou a seguinte fala: "Que MERDA! Dois lixeiros desejando felicidades do alto das suas vassouras. Dois lixeiros! O mais baixo da escala do trabalho”. Na edição seguinte do jornal dia 01/01/2010 ele tentou se desculpar dizendo: "Ontem, durante o intervalo do 'Jornal da Band', em um vazamento de áudio, eu disse uma frase infeliz, que ofendeu os garis. Por isso, quero pedir profundas desculpas aos garis e aos telespectadores do 'Jornal da Band'.


Nem preciso dizer que o estrago já tinha sido feito e mesmo pedindo desculpas, não conseguiu minimizar o impacto causado pela sua fala que revelou todo o seu vier fascista. Apesar da repercussão negativa que o episódio causou, não foi surpresa para quem conhece a trajetória de Boris Casoy. Já foi porta-voz dos governos militares durante a ditadura e já ocupou vários cargos ligados e imprensa nesse período. Além disso, seus comentários são sempre ásperos e tendenciosos quando se trata da causa palestina e dos governos de esquerda na America latina.

Mas não podemos deixar de reconhecer que em poucas palavras, ele conseguiu mostra todo o desprezo que ele tem pela classe pobre e operária do país. Quando ele diz “Dois lixeiros! O mais baixo da escala do trabalho” explicitou como ele é bajulador dos ricos e reforça as desigualdades sociais que são geradas a partir da exploração do trabalho alheio. Agora podemos compreender melhor que o jargão utilizado pro Boris "É preciso passar o Brasil a limpo", não passa de um termo excludente e cercada de preconceito. Só nos resta saber se essa “limpeza” que ele prega é etnica, cultural ou social e econômica, conforme demonstrou todo o ódio contra os garis, que é uma classe de grande importância social e que limpa diariamente a sujeira gerada por essa sociedade consumista.

Infelizmente esse fato envolvendo Boris Casoy não é uma caso isolado e sim mais um fato revelador. Essa “falha tecnica” de poucos segundos, serviu para mostrar como é os bastidores da grande mídia brasileira e a qual interesse ela obedece. Cada vez se torna mais essencial o controle social dos veículos de comunicação e a democratização dos conteúdos vinculados. Só a sociedade pode dar uma resposta e “varrer” profissionais como esse para o lixo da história.

Por Marcos Ferreira