terça-feira, 19 de outubro de 2010

Compromisso de José Serra: reprimir os movimentos sociais.

No programa eleitoral do domingo 17/10 José Serra aparece na TV dizendo sobre seus projetos em relação à politica agrária, lançou um compromisso de campanha em tom ameaça e vociferou: "vamos promover a paz no campo sem invasões do MST”. Apesar da demora  para revelar na  campanha, agora os DEMotucanos mostraram sua verdadeira face de ataques à organização da classe trabalhadora.

O governo FHC foi marcado pelo grande número de conflitos no campo. Segundo o CPT (comissão pastoral da terra) A média nos anos do governo FHC foi de 800 conflitos por ano. No período DEMotucano aconteceu também um dos maiores massacres a membros dos movimentos sociais da nossa história recente, onde 19 trabalhadores sem-terra foram barbaramente assassinados em Eldorado dos Carajas, no estado do Pará em abril de 2006. Não se contentando com isso, o governo Fernando Henrique resolveu utilizar-se do "Braço forte" Estado e colocou a policia federal para açoitar o MST que tinha ocupado um latifúndio pertencente ao filho do presente. O Ministro da Justiça chegou dispor da possibilidade de usar o exercito contra ocupantes, para reprimir o que Fernando Henrique intitulou de "atentado à liberdade e à democracia".  esses são alguns dos exemplos da violência sofrida pelos trabalhadores do movimento

A candidatura de Serra representa o conservadorismo no seu caráter mais reacionário: econômico, industrial, politico,etc. e segue passos largos com o apoio da senadora Katia Abreu – DEM- TO, o deputado Aberlardo Lupion e demais componentes e representantes da bancada ruralista, aliando repressão com ataques sincronizados promovidos pela grande mídia brasileira e internacional.

Paz no campo campo não se promove repressão, assassinatos, cacetes, bombas de gás, silenciamento dos oprimidos, etc. A paz no campo só se promove com justiça social, reforma agrária radical e politicas concretas para o homem do campo. Atentados e criminalização contra movimentos sociais em geral é uma bandeira representada na candidatura de Serra, mas só a organização da classe trabalhadora pode promover uma verdadeira luta pela paz e contra a exploração.



"paz sem voz não é paz, é medo!" Marcelo Yuka

Por: Marcos Ferreira



segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Dois Brasis

O Brasil é um só, mas disputado por dois projetos antagônicos.

Um é o da paralisia econômica, do gigantesco endividamento interno, das dívidas e da submissão ao FMI. O Brasil que foi quebrado três vezes durante o governo FHC-Serra – em 1995, 1997 e 1998 – e quase levaram o país à falência, deixando uma recessão prolongada que só foi superada no governo Lula. O Brasil da carga tributária que subiu de 27 a 35%, dos apagões e do sucateamento da infraestrutura. Aquele Brasil da privataria, que torrou nossas empresas públicas por 100 bilhões de dólares e ainda assim dobrou o endividamento público. O Brasil que mudou o nome da Petrobras para Petrobax, como caminho para privatizá-la e que tem os olhos postos no Pré-Sal, para oferecê-lo às grandes empresas privadas internacionais. É o Brazil do FHC e do Serra, da velha mídia, vinculada aos grandes interesses privados, que tinham se acostumado a dispor do Estado brasileiro a seu bel prazer.

Um Brasil que incrementou a desigualdade, desmontou o Estado, perseguiu os servidores públicos, se submeteu subservientemente aos EUA na política externa. Fez com que a maioria dos trabalhadores brasileiros ficassem submetido à total precariedade, sem carteira nem contrato de trabalho. Um Brasil do colapso das universidades públicas e da proibição da criação de escolas técnicas.

O outro Brasil é o que começou a despontar a partir das ruínas herdadas do governo FHC-Serra. Um Brasil que montou um modelo econômico de desenvolvimento com distribuição de renda. Um Brasil que remontou o Estado e sua capacidade de induzir a expansão econômica e garantir os direitos sociais. Um Brasil que tornou funcionais e virtuosos o crescimento e a distribuição de renda.

Um Brasil do bem, que elevou a auto-estima dos brasileiros, quando os governantes anteriores – Collor, FHC – só jogavam o país e os brasileiros para baixo. Tirou milhões de brasileiros da miséria, propiciando o acesso a bens básicos a grande parte dos brasileiros, excluídos pelas políticas de mercado.

Serra é da Corrente do Mal, que só destrói, que criou três crises durante o governo FHC, que quase destruiu o Brasil e agora quer quer brecar o caminho pelo qual o Brasil avança.

Lula e Dilma são os responsáveis principais por essa estratégia. A derrota da direita e a eleição da Dilma gera as melhores condições para que avancemos no caminho da construção de um Brasil justo, solidário e soberano.

por Emir Sader

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